terça-feira, 18 de agosto de 2009

Medo do fracasso e os tempos atuais

Desde que me conheço por gente eu escuto algo como "No meu tempo as coisas eram melhores." ou "Não se fazem mais músicas como antigamente.". Enfim, aquela idolatria ao passado, mesmo vindo de gente que nunca sequer chegou perto de viver a época da qual gosta. Analisando a fundo, ou nem tão a fundo assim, eu sei o que isso significa. Ou melhor, acho que sei, ou melhor ainda, é assim que eu interpreto. Eu vou dizer sinceramente, eu sou um entusiasta do nosso tempo, somos os únicos até então que podemos juntar toda a bagagem do passado e usar a nosso favor. E sabem por que eu sou um entusiasta, pelo simples fato de eu estar fazendo parte dessa "era", e se ela for uma porcaria, um dos culpados sou eu. E não gosto de fracassar, não mesmo. Acho que as pessoas que se ligam tanto ao passado, o fazem numa tentativa desesperada de não fazer parte do presente, colocando-se acima e portanto fora da esfera de "nossa época". Uma coisa ao estilo "melhor não participar e não me comprometer". Acho que as pessoas não se deram conta, que se acham os dias de hoje uma bela merda, são em grande parte por culpa delas mesma.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Comigo não tem essa!!

Legal que se eu fosse cool, eu escreveria o texto, e deixaria ali, sem nenhum comentário, para ninguém fazer a menor idéia do porque eu escrevi aquilo, e o que eu estava pensando ao escrever. Num ato de "quem entender que entenda, e quem não entender cala-se pela própria ignorância".
Mas não, eu escrevo, e comento, e não deixo pro leitor, a parte da interpretação. Eu ofereço a minha.

Aldous

Estou lendo um livro que se chama As Portas da Percepção, do Aldous Huxley, e me deparei com isso:

"A arte, creio eu, interessa apenas a principiantes, ou então a essas obstinadas mediocridades que decidem satisfazer-se com a contrafração da Peculiaridade, com símbolos em lugar daquilo que estes significam, com o cardápio elegantemente apresentado em vez da própria refeição."

Tá, a moral da história é que esse livro foi quando o Aldous, numa auto-experiência, tomou mescalina para ver quais eram as consequências da expansão de consciência. Ele disse que a primeira coisa foi não existir mais significado nas coisas, ele por exemplo viu uma cadeira, e parou de pensar nela como um móvel, onde senta-se e tudo o mais. Era só um objeto com uma forma, ocupando um lugar no espaço. Ele disse que começava aí, um processo de tudo se tornar parte da mesma coisa, como um tecido continuo, e não diferenciar eu, daquilo ou daquele outro.
Achei legal esse lance que ele falou da arte. É prova da nossa imperfeição. Que não somos o todo, então temos que exprimir, botar pra fora, mesmo que imparcialmente e sob a sua ótica distorcida.
Se fossemos completos, todos entenderíamos tudo, sem precisar explicar, nem exprimir. Estaria ao alcance de todos.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Desconfiança, a alma do negócio

Como todos sabem (todos, heheh, o bom do todos é que não se quantifica), eu estou aqui gravando algumas canções em casa, tudo sozinho, eu e meu computador, e os instrumentos, lógico. Aliás, alguns deles emprestados por queridos e prezados amigos. E já tenho 3 músicas prontinhas, prontinhas, de um total de 9. E tenho mostrado para alguns amigos, os mais chegados, lógico, para saber como estou indo e escutar uma opinião de fora. E todos foram muito favoráveis em suas críticas. Para falar a bem da verdade, todos disseram que gostaram. Era para eu estar feliz, né? Pois é... mas a danada da mente humana, e particularmente falando, a minha mente, é uma coisa difícil de se entender. O brabo, o X da questão, a merda toda, é que eu acho que o pessoal tá sendo simpático. Como eu e uns amigos cunhamos a frase "Estão fazendo preza comigo.". Lá no fundo, eu sempre acho que a relação afetiva, seja lá de qual for o grau de afetividade que seja, influencia no veredito da opinião. E que a couraça da educação, por muitas gerações forjada, impede que o outro diga aquilo que realmente pensa, sem filtro, 100% imparcial.
Mas agora vem a pior parte, sabe porque eu sempre acho isso? Simplesmente porque eu faço isso direto. São muito poucas as pessoas com quem eu tenho liberdade o suficiente para ser imparcial e falar o que realmente penso. Olha, e são realmente poucas mesmo. Tão poucas, que dá para contar na mão esquerda do Lula.